1 de maio de 2024

Como Fica Maceió? Episódio 02

Conheça a atual situação do fechamento dos poços de extração de sal-gema

Quem passa pelas áreas desocupadas na região do Pinheiro, em Maceió, ainda percebe a presença de máquinas e equipamentos em atividade. No segundo episódio da série “Como fica Maceió?”, a reportagem da TV Pajuçara e TNH1 conferiu de perto como está o antigo local de extração de sal-gema na capital alagoana. A atividade, alvo de dúvidas e questionamentos, deve-se ao trabalho de fechamento de 35 poços de mineração realizado pela Braskem. O fechamento dessas cavidades começou em 2019, assim que foi constatada a ligação entre a atividade petroquímica e o afundamento do solo na região.

O trabalho de fechamento dos poços segue um planejamento aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Não apenas a área dos poços onde era feita a extração de sal-gema propriamente dita como toda a região atingida pelo afundamento têm o solo monitorado permanentemente. Um trabalho feito por um conjunto de mais de 100 equipamentos, com medições 24 horas por dia, como explica Wilfred Brandt, responsável técnico pelo fechamento de mina.

“É uma rede com mais de 100 equipamentos que estão na superfície e até a profundidade de mil metros. Eles trabalham de forma integrada, online, quer dizer, em tempo real. Temos informações de tudo que está acontecendo nessa área, e essas informações são compartilhadas com órgãos como a Defesa Civil e Agência Nacional de Mineração”, afirma.

Responsável técnico, Wilfred Brandt explica o processo para o fechamento da mina - Foto: TNH1

Responsável técnico, Wilfred Brandt explica o processo para o fechamento da mina – Foto: TNH1

COMO É FEITO O TAMPONAMENTO? CONHEÇA AS TÉCNICAS

A reportagem apurou que, das 35 minas, 17 já têm seus trabalhos concluídos. A conclusão das ações do Plano de Fechamento de Mina está prevista para. Um trabalho minucioso feito de diferentes formas, que vão desde o preenchimento com areia à pressurização. Conheça cada um deles:

Preenchimento com areia:

O método consiste em injetar nos poços uma pasta de areia. O volume que foi preenchido é acompanhado com sonares. Depois que o preenchimento é confirmado pela ANM, os acessos são tamponados com cimento.

Pressurização:

Nessas cavidades, a estabilidade é alcançada com a pressurização, monitorada por piezômetro instalado – equipamento de alta tecnologia do tamanho de uma caneta. Nos casos em que os acessos originais apresentam obstruções, são feitos dois novos poços: um para a colocar o piezômetro e outro por onde o cimento vai ser injetado no poço com obstrução. Quando a estabilidade é confirmada, o poço por onde o piezômetro foi instalado é tamponado.

Preenchimento Natural:

Estudos geofísicos indicaram que algumas cavidades foram preenchidas naturalmente. Nestes casos, a única ação necessária é o tamponamento do poço com cimento.

Técnicas de taponamento utilizadas para o fechamento das minas - Foto: TNH1

Técnicas de taponamento utilizadas para o fechamento das minas – Foto: TNH1

Para facilitar o entendimento, assista à animação em vídeo abaixo:

O QUE ACONTECEU COM A MINA 18?

Foi a rede monitoramento do solo explicado acima que permitiu perceber, com antecedência, a movimentação da chamada “Mina 18”, que sofreu um rompimento em dezembro do ano passado. O movimento causou apreensão, mas a região já estava desocupada desde abril de 2020, e ações de fechamento das cavidades foram paralisadas de forma preventiva.

“Essa rede começou a indicar o indício de movimentação na mina 18 com dois de antecedência. Com um mês de antecedência, já tínhamos informações para isolar a área onde estava potencialmente o evento”, afirma Wilfred Brandt.

Como está o local hoje? A reportagem apurou que a mina 18, que fazia parte do grupo de cavidades com recomendação técnica para preenchimento com areia, está autopreenchida, ou seja, pelo processo de preenchimento natural, conforme sonar realizado no último mês de fevereiro.

“Foi possível, na medida que tínhamos mais informações, ir aumentando os níveis de alerta para que o evento [rompimento da mina] tivesse toda uma segurança na sua ocorrência”, ressaltou o responsável técnico.

Colapso da mina 18 causou apreensão, mas situação foi contornada - Foto: TNH1

Colapso da mina 18 causou apreensão, mas situação foi contornada – Foto: TNH1

ASSISTA À REPORTAGEM COMPLETA DA TV PAJUÇARA

Divulgada em multiplataforma, a série “Como fica Maceió?” com oito episódios também pode ser conferida no programa Fique Alerta, da TV Pajuçara. Mas se você não acompanhou, pode conferir aqui, na íntegra: Assista:

PRÓXIMO EPISÓDIO: DEMOLIÇÕES E OBRAS NAS ÁREAS DESOCUPADAS

No próximo episódio você vai conferir como está o andamento de obras como a estabilização e drenagem da Encosta do Mutange, que tem previsão de ficar pronta até dezembro deste ano. A obra é uma das incluídas no plano de ação dedicado às áreas desocupadas.

Outro trabalho que a reportagem foi ver de perto é o trabalho de demolição de imóveis nas áreas desocupadas, uma medida importante para a estabilização do solo. Essa área vai ganhar uma cobertura vegetal, prometendo ser uma ampliação da área verde da cidade de Maceió e melhoria ao meio ambiente.

O próximo episódio de “Como fica Maceió?” vai ar na próxima quarta-feira, 06 de junho, na TV Pajuçara, aqui no TNH1, no dia seguinte, um bate-papo na Rádio Pajuçara FM.

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