Gugu descobre histórias assustadoras e caminha pelo túnel dos mortos

Nesta terça-feira (19), o Gugu exibiu uma reportagem assustadora. O apresentador desvendou os mistérios do Túnel dos Mortos, em São Paulo. É um segredo guardado debaixo da terra em um dos pontos mais movimentados da cidade.

As histórias intrigantes do local foram contadas por quem conhece muito bem o local. Wânia Da Silva, diretora administrativa do Hospital das Clínicas, explicou qual é o propósito do túnel.

— Foi criado para ter acesso fácil, privacidade, agilidade, em transportar óbitos do Hospital das Clínicas ao IML. Porque o Instituto de Verificação de Óbitos fica distante. Pela rua, não dá segurança para quem transporta nem para quem está sendo transportado. Então o túnel foi feito pensando nisso.

O túnel foi construído em 1944. Em média, segundo Wânia, são quatro corpos que são transportados por dia no local. O tempo de caminhada dura cerca de dez minutos em um dia normal.

Para entrar no túnel, é preciso ter autorização prévia. A diretora afirmou que a segurança é feita de forma rigorosa

— É um lugar privativo, sem fácil acesso. Só pessoas autorizadas podem acessar.

Gugu e Wânia caminharam ao lado de Hélio Miranda de Souza, que trabalha transportando cadáveres pelo corredor. Eles simularam o transporte de um corpo durante a matéria.

Hélio já começou contando uma curiosidade. Quando é feito o transporte de crianças, o corpo é levado no colo como gesto de respeito.
— É uma dedicação em especial da equipe do hospital. Eles têm muito respeito com o corpo de todos, e com o das crianças é maior, eles levam no colo — explicou Wânia.

O funcionário já deixou claro que não é permitido deixar a porta do túnel aberta após entrar.

— Tem que fechar a porta quando entra. Ninguém mais pode entrar atrás.

Em alguns momentos do túnel, é possível perceber entradas de ar. Gugu questiona se as pessoas “de cima” interferem na vida subterrânea. ”Aqui passam as pessoas. À noite, dá para ouvir passos da rua e vozes. Todo funcionário fica desesperado, parece que está vindo alguém”, diz Hélio. Corpos de famosos como Elis Regina e Raul Seixas passaram pelos corredores obscuros.

— Raul Seixas foi a primeira pessoa famosa que eu vi. Ele foi atendido aqui. Hélio compartilhou a curiosa história de um faxineiro misterioso.

— Estava lá na frente, esperando o elevador com uns colegas. De repente, apareceu um faxineiro, o que não é comum porque não tem a chave, começou a limpar. E ele levantou a vassoura e só vi essa imagem. Comecei a passar muito mal, fiquei branco. E quando meus amigos viraram, ele foi embora. Ele também revelou que, muitas vezes, mesmo após a morte, o corpo humano expele fluídos e que, muitas vezes, os funcionários se assustam.

— Uma colega até já saiu correndo.

Ao chegar ao destino, o corpo é colocado no elevador e fica em posse do IML. Wânia explica que, a partir desse momento, não é mais responsabilidade do Hospital das Clínicas .


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