“Arão passa por dificuldades de compreensão na vida como todos nós”

Petrônio Gontijo assume nesta segunda fase de Os Dez Mandamentos o papel de Arão, irmão de Moisés, lindamente interpretado pelo elenco mirim na primeira semana da novela. Em entrevista ao R7 , o ator diz que seu personagem terá dificuldades para compreender a vida e sua condição de escravo. Petrônio Gontijo associa Arão às pessoas da sociedade em geral, que entram em conflitos internos por buscarem uma resposta para situações cotidianas.

─ Ele é um cara bom, mas, como todos nós, passa por dificuldades de compreensão na vida e sua posição é levada ao extremo, por conta do trabalho escravo. Arão não entende o motivo pelo qual Moisés vai embora e vive em um palácio como príncipe, enquanto ele ganha chicotadas.  Quando pequeno, ele presenciou o irmão ignorando, maltratando a mãe e registrou o que viu. A família de Arão sobrevive de forma lastimável, recebendo apenas imposições e surras, quando não a morte.

O elenco mirim da novela deu um show de interpretação nos primeiros capítulos, ganhando a admiração dos grandes veteranos da TV. Para o ator, as crianças tiveram uma incrível compreensão sobre a história de cada personagem.

─ Os meninos que fizeram Arão, por exemplo, traçaram uma trajetória muito bacana e me entregaram o papel de bandeja. É um personagem dividido entre o amor pelo irmão e pelo pai, e pela revolta. Ele se sente abandonado pelos dois.

Petrônio Gontijo diz que admira a honestidade de Arão, que pode ser útil no decorrer da novela na hora de enfrentar os conflitos com Moisés.

─ A honestidade deste personagem me encanta. Acredito que, de alguma forma, esta característica poderá orientá-lo nos embates com o irmão e com o pai. Arão é um personagem em transição, o que é ótimo para a carreira de qualquer ator.

O ator faz questão parabenizar toda a equipe envolvida em Os Dez Mandamentos e conta duas situações vividas durante as gravações, que lhe chamaram a atenção.

─ Há um coleguismo forte dentro da equipe. Um dia, eu estava na cidade cenográfica, ajoelhado para uma cena. Sem aguentar mais de dor, um câmera me passou uma almofada e disse que não estava filmando meu joelho. Em outro caso, me ofereceram a própria camisa para limpar o suor, pois não havia mais ninguém e era necessário. Este tipo de companheirismo é o que imprime o sucesso na tela. Ninguém é mais importante do que ninguém. Estamos unidos em prol de um resultado.


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