Priscila está prestes a perder Paulão e ninguém imagina de que forma a líder neonazista vai reagir, nem Juliana Silveira. Para a atriz, é impossível imaginar sua personagem sem o namorado, depois de ficar sem os tão desejados bens materiais e familiares. Sempre simpática, Juliana Silveira diz que acaba de entrar no processo de angústia, por conta da perda.
─ Estava tentando não pensar, até porque evito levar trabalho para casa, mas é inevitável. Na minha cabeça, não existe Priscila sem Paulão e não sei o que vai acontecer com a personagem, muito menos minha maneira de fazer daqui para frente.
Depois de cometer inúmeros crimes, demonstrando total frieza em suas ações, a atriz diz que para Priscila só resta a morte.
─ Acho que Priscila vai ficar muito louca, até porque não tem mais nada a perder. Ela não pensava em ficar sem Paulão, então a morte deve passar pela cabeça dela. Não existe mais uma causa, nem célula neonazista, não tem mais mãe ou namorado. O que resta para Priscila? Ela já sofreu tudo o que tinha para sofrer em vida.
Juliana Silveira comentou a posição de liderança de Priscila também no relacionamento amoroso, em que Paulão deixava machismo de lado e abaixava a cabeça para a namorada.
─ Na vida real, há homem que passa por isso e ama a parceira. Esta foi a forma que encontramos de representar uma mulher está no topo de uma célula neonazista, o que quase não existe e já significa que se trata de uma obra fictícia. Resolvemos criar a Priscila para mostrar como esta mulher comanda tantos homens e dá a palavra final. Às vezes, isso causa um desconforto, pois não é algo que estamos acostumados a ver na vida. Foi o caminho que eu e Marcos Pitombo consideramos interessante e a autora comprou a ideia. E é mulher, então deve ter gostado de escrever uma personagem forte.