4º Dia da Expedição Alagoas – Pariconha – Água do Canal ainda não serve para consumo, diz moradora

Nesta quinta (31) de Julho a Expedição Alagoas visitou a cidade de Pariconha

Pariconha

Impacto do Canal do Sertão

Depois de passar pelos municípios de Coruripe, Batalha, São José da Tapera e   Delmiro Gouveia, e com mais de 500 km rodados, a Expedição Alagoas chegou ao município de Pariconha para verificar de que forma a obra do Canal do  Sertão afetou a vida do sertanejo.

O trajeto da manhã desta quinta-feira, 31, foi de Delmiro Gouveia em direção ao povoado de Rolas, passando pelo povoado de Campinho, ambos pertencentes À Pariconha, município localizado no extremo oeste alagoano, fazendo divisa com Pernambuco. Um percurso de aproximadamente 20 km.

O Canal do Sertão passa ao lado do povoado, já de Campinho fica a uma distância de 10 km. Apesar da proximidade entre os povoados, Campinho não foi beneficiado como o povoado vizinho ao Canal.

Povoado de Rolas – Cravado em Pariconha há cerca de 120 anos, a energia elétrica só chegu ao local há uma década. São 30 casas e cerca de 100 moradores. No povoado todos têm um grau de parentesco.

Origem do nome: O nome do povoado remete ao primerio morador da região, João Florêncio dos Santos, que ficou conhecido como João Rola, porque costumava andar vestido com roupas brancas, e diziam que ele parecia com o passarinho rolinha. E assim o apelido foi atravessando gerações.

Água do Canal ainda não serve para consumo, diz moradora

De acordo com Edneide Bandeira, a água do canal não serve para consumo, para isso precisaria passar por um tratamento. “melhorou, mas eu achava que ia ser melhor. Essa água a gente usa para criação dos bichos e lavar as coisas da casa. Tem gente que bebe dessa água, mas eu não bebo não”, disse.

Ainda segundo Edneide, o Canal foi bom pra quem tem plantação nas margens, mas para quem mora um pouco mais distante a água não chega. Para isso é necessário uma bomba de água que custa aproximadamente R$ 10 mil.

A água para consumo ainda depende da presença dos caminhões pipa, que abastecem as cisternas três vezes por semana. A distribuição é feita pelo Exército brasileiro.

Apesar de todas as dificuldades para viver no meio sertão alagoano, Edneide diz não trocar o aconchego de seu lar e familiares pela vida em uma cidade grande “eu já morei em muito canto, Olho d’Água, Maceió, São Paulo, mas preferi voltar pra minha família. Apesar de tudo eu gosto daqui, não troco pela capital”.

Dona Maria Bezerra dos Santos, de 73 anos, não acreditava que ia ver o canal ainda em vida. O irmão dela morreu há três anos sem acreditar.

“Há uns 10 anos atrás o governo chegou por aqui demarcando as terras para a obra, eles pegaram um pedaço do terreno do meu pai, do tamanho de umas cinco tarefas e pagaram só R$ 1500. Ele teve que aceitar porque ficou com medo de o governo desapropriar e não pagar nada” .

Não deixe de acompanhar a Expedição Alagoas, e conheça um pouco mais do estado alagoano, que irá ao ar em todos nossos telejornais, durante toda a semana de segunda a sexta. Confira os horários:

Jornal Pajuçara Manhã, a partir das 07h00.

Fique Alerta, 12h00.

Cidade Alerta Alagoas, às 19h30.

Jornal Pajuçara Noite, a partir das 20h05.


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