2° Dia da Expedição Alagoas – Batalha, uma comunidade Quilombola conectada

Nesta Terça (29) de Julho a Expição Alagoas visitou a cidade de Batalha

 

  BATALHA:

TELECENTROS CONECTAM DESCENDENTES QUILOMBOLAS

Após percorrer cerca de 300 km, na manhã desta terça-feira, 29, a equipe da Expedição Alagoas foi até o povoado de Cajá dos Negros, uma comunidade de descendentes quilombolas, localizada a 20 km da cidade de Batalha, no sertão alagoano.

No caminho, passamos pelo povoado de Água Pé onde enfrentamos a primeira estrada de barro. Lá, já encontramos alguns moradores conectados com a tecnologia. A origem do nome do povoado Cajá dos Negros é uma referência ao primeiro morador, Antonio Leite, nascido há mais de 300 anos no continente africano, ele foi trazido para o Brasil na condição de escravo para trabalhar em uma fazenda. No entanto, Antonio conseguiu fugir para uma região chamada Serra das Mãos, onde continuou sendo perseguido. Para se livrar, Antonio Leite andou por vários quilômetros até chegar ao um, é de umbú-cajá, onde descansou e se alimentou durante vários dias.

A pequena comunidade ainda mantém uma árvore de umbú-cajá como símbolo do povoado. Para transitar, conhecer e até mesmo enviar o material à redaçao, a equipe de reportagem contou com a ajuda de moradores de Batalha, como Rejane e Paulo Marinho.

Ivaniza Leite da Silva, 48, é uma das descendentes diretas dos quilombolas e também é a líder comunitária do povoado. Através de sua articulação com o Governo do Estado, ela conseguiu implantar o Telecentro.br, por meio do Programa Alagoano de Inclusão Digital.

“Antes a gente se sentia isolados, agora é outra realidade. A internet é uma mão na roda, desde que ela chegou aqui já consegui inserir a nossa comunidade em outros programas sociais. Sem a tecnologia não funciona nada. Ou você acompanha a tecnologia ou você fica para trás”.

Ivaniza enfatiza que a rapidez na comunicação é o maior benefício trazido pela internet à comunidade. Uma das novidades que Ivaniza conta é que através da rede social Facebook ela já conseguiu reencontrar parentes quilombolas que saíram da comunidade há mais de 20 anos. O monitor do Telecentro, Roberto Silva, diz que a chegada da internet foi uma “mão na roda”. “Antes para ter acesso à internet as pessoas aqui precisavam percorrer 20 km para ir até uma lan house em Batalha. Era uma mão de obra danada”, disse bem humorado.

Não deixe de acompanhar a Expedição Alagoas, e conheça um pouco mais do estado alagoano, que irá ao ar em todos nossos telejornais, durante toda a semana de segunda a sexta. Confira os horários:

Jornal Pajuçara Manhã, a partir das 07h00.

Fique Alerta, 12h00.

Cidade Alerta Alagoas, às 19h30.

Jornal Pajuçara Noite, a partir das 20h05.


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