No capítulo da última segunda-feira (29), Gahiji preparou uma comida para o filho bastante parecida com um sanduíche de hambúrguer. Mas será que existia este tipo de alimento na época? O R7 conversou com o historiador da Record, Maurício Ferreira, que acabou com a curiosidade.
Se você imaginou que os egípcios foram os criadores do hambúrguer, está enganado. De acordo com o historiador, uma mistura parecida era feita pelos nobres, o que terminou em brincadeira na cena de Gahiji.
─ Na verdade, os egípcios tinham o costume de, em ocasiões de festa, juntar pão e carne. O pão era uma espécie de broa de milho e a carne era um pedaço de boi, cordeiro ou ave. Eles se alimentavam desta forma, mas não comiam o hambúrguer de hoje feito com pão, carne e queijo. A equipe quis fazer uma brincadeira.
Uma coisa é certa: os egípcios preparavam verdadeiros banquetes. Maurício Ferreira revela os alimentos mais comuns na mesa dos nobres.
─ Eles tinham uma alimentação variada. Comiam pão de trigo, pão de cevada, as carnes usadas eram de boi, cordeiro, carneiro e aves como faisão. Os egípcios ingeriam frutas variadas, incluído maçã, melão, melancia, tâmara e damasco. O mel adoçava as receitas.
O vinho, considerado atualmente bebida alcoólica, era visto como alimento pelos nobres.
─ No palácio e somente no palácio, os faraós e os mais nobres usavam o vinho como algo nutritivo, integral. Eles tinham vários tipos de vinho, até porque o faraó mantinha algumas produtoras da bebida. Existia vinho de tâmara, figo e uva. Segundo estudos, o predileto do faraó era o de tâmara.
Para acabar com mais uma curiosidade, o historiador conta como as comidas eram feitas pelos egípcios e hebreus, que usavam combustíveis diferentes na hora de gerar fogo.
─ Era usado o forno à lenha e não existia fritura. As comidas eram assadas ou cozidas em potes de barro ou cerâmica. No palácio, o combustível utilizado era madeira ou palha, caras na época. Os hebreus aproveitavam estrume de vaca, altamente inflamável. O odor não era muito agradável.